Você sabia que o câncer de ovário tem cura? Mesmo em estágios mais avançados, há possibilidades de tratamento. Apesar de ser uma neoplasia de difícil identificação e tratar-se do segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, ficando atrás somente do de colo de útero.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que, no triênio 2020-2022, serão 6.650 novos casos da doença no Brasil. Ainda conforme as estatísticas, existe um risco de cerca de 6 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Antes de mais nada, é importante saber que se trata de um tumor silencioso, pois, além de não existir exames específicos para a sua detecção, em sua fase inicial, não costuma apresentar sintomas. Por isso, é tão importante você ter conhecimento sobre ele, e manter suas consultas em dia.

A boa notícia é que há a possibilidade de resultados positivos com o tratamento, e que são maiores quando diagnosticados em fase inicial. Para esclarecer o assunto, conversamos com o cirurgião oncológico com foco em tumores ginecológicos, Dr. Fabio Fin, que irá explicar quatro fatos que você precisa saber sobre o câncer de ovário.

1.  Sintomas do câncer de ovário que merecem alerta

Devido à doença demorar para apresentar sintomas, na maioria dos casos, é diagnosticada em sua fase mais avançada. Os sintomas costumam aparecer quando o tumor passa a crescer. Porém, existem alguns sinais de alerta que podem ser muito importantes para um diagnóstico precoce e melhores chances de tratamento. Conheça agora os sinais que merecem atenção:

– Inchaço abdominal;

– Dor abdominal;

– Perda de apetite e de peso;

– Náusea;

– Prisão de ventre ou diarreia;

– Vontade de urinar frequente;

– Cansaço excessivo sem motivo aparente.

2.  Fatores de risco para câncer de ovário

É importante dizer que existem fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer de ovários. Os principais são:

– Histórico familiar, com pessoas da família que desenvolveram o câncer, especialmente parentes de primeiro grau;

– Mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2;

– Fatores reprodutivos e hormonais, como nos casos de mulheres que nunca tiveram filho, e/ou a primeira menstruação precoce ou menopausa tardia;

– Idade. Quanto mais avançada, mais risco de incidência da doença;

– Obesidade, que é também um fator de risco para outros tipos de câncer.

3.  É possível prevenir o câncer de ovário?

Como falamos anteriormente, não existe um exame preventivo para este câncer, como o Papanicolau para o colo de útero, o que torna ainda mais importante manter um acompanhamento regular com o ginecologista. Estar atenta aos primeiros sintomas suspeitos e aos fatores de risco acima, também são formas de alerta.

4.  Tratamento do câncer de ovário

Mesmo em estágios avançados do tumor, há possibilidade de tratamento. Porém, quando diagnosticado mais precocemente, a paciente pode ter um tratamento com melhores resultados.

A escolha do método irá depender de diversos fatores, como o tipo de câncer de ovário, estágio da doença e condições clínicas da mulher.  Sobre a intervenção, pode ser tratada com quimioterapia, ou cirurgia, isoladas ou combinadas.

Vale citar que o avanço da tecnologia tem auxiliado médicos e pacientes em procedimentos cirúrgicos. É o caso da cirurgia robótica, que traz diversos benefícios, como mais segurança à paciente graças à maior precisão do cirurgião, redução do tempo de internação e retorno precoce às atividades.

Agora que você já sabe o quanto essa doença, silenciosa, pode ser confundida com outras condições de saúde menos graves, diante de desconfianças, procure o seu médico.

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