Com o avanço da ciência, medicina e tecnologia, novas formas de se realizar procedimentos cirúrgicos foram surgindo. Nesse contexto, umas das mais avançadas é a cirurgia robótica, em que o cirurgião, sentado em um console, executa movimentos transmitindo-os à uma plataforma robótica.

Ou seja, não é um robô que faz o procedimento, mas sim, serve como um instrumento capaz de trazer visão ampliada, maior precisão e uma série de outras vantagens, tanto para os especialistas quanto para os pacientes.

Se você leu até aqui, provavelmente está em busca de mais informações a respeito da técnica. Nesse caso, chegou ao lugar certo. Acompanhe o conteúdo e saiba mais sobre o assunto!

Como surgiu a cirurgia robótica?

A primeira cirurgia robótica foi realizada em 1985 por uma plataforma chamada PUMA 560. Desde o projeto piloto, a robótica tem despertado o interesse de instituições como a NASA e o exército americano, com foco na cirurgia controlada à distância, para garantir o acesso de soldados e astronautas a procedimentos delicados em lugares remotos.

Desde então, os estudos com outros tipos de robôs prosperaram, resultando no desenvolvimento do sistema da Vinci, aprovado pelo FDA em 2002. Após várias adaptações e melhorias, o robô chegou ao Brasil em 2008 e, atualmente, pode ser empregado em diversas especialidades e áreas cirúrgicas.

Em todo o mundo, a cada 36 segundos, uma cirurgia robótica é realizada. Como parâmetro internacional há os Estados Unidos, onde já são 3 mil plataformas robóticas instaladas. No Brasil, nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 500% no número de procedimentos. Isso se deve ao maior número de plataformas disponíveis e ao crescente número de cirurgiões devidamente capacitados utilizando a tecnologia.

De que forma a cirurgia laparoscópica assistida por robô é realizada?

A cirurgia robótica é considerada minimamente invasiva, pois é realizada por acesso laparoscópico (pequenos orifícios por onde são introduzidos a câmera e as pinças cirúrgicas).

Nela, os movimentos do cirurgião, que opera em um console, são transmitidos aos braços robóticos, os quais movem as pinças cirúrgicas em contato com o paciente. Os instrumentos movimentam-se como a mão humana, porém com maior precisão e amplitude de movimentos.

Além disso, a visão do cirurgião é magnificada e projetada em 3D, facilitando a definição e identificação de estruturas. Para ser realizada, a cirurgia laparoscópica assistida por robô deve contar com uma equipe altamente especializada, desde o cirurgião até o técnico auxiliar de sala, todos treinados para oferecer a melhor performance possível.

A técnica pode ser realizada em diversas especialidades, como urologia, tumores digestivos, cirurgia torácica, ginecologia, doenças do sistema digestivo, tumores de cabeça e pescoço e cirurgia bariátrica.

Quais as vantagens da cirurgia robótica?

Como citamos no início do artigo, há diversos benefícios na realização da técnica tanto para os cirurgiões quanto para os pacientes. Alguns deles são:

– visão, precisão e controle do cirurgião otimizados;

– visão 3D, que possibilita ao cirurgião maior acurácia para individualizar estruturas e planejar o seguimento da cirurgia.

– instrumentais com rotação e articulação que superam a capacidade da mão humana, além de filtro para tremores.

– maior liberdade de movimentos, aperfeiçoando a técnica cirúrgica em procedimentos delicados.

– incisões discretas reduzindo cicatrizes e aparecimento de hérnias.

– menor dor pós operatória e sangramento, permitindo retorno mais rápido as atividades habituais.

Ao longo dos próximos conteúdos, vamos abordar outros aspectos envolvendo a cirurgia robótica e as áreas da medicina para as quais é voltada. Se gostou deste conteúdo, compartilhe em suas redes sociais para informar outras pessoas!