A urologia é uma das especialidades que mais se beneficiou com a cirurgia robótica. Por este motivo, é uma das grandes responsáveis pelo crescimento e disponibilização da técnica no mundo todo. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, mais de 90% de todas as cirurgias para câncer de próstata já utilizam a tecnologia. Isso se dá pelas diversas vantagens que oferece não só ao paciente, mas também à performance dos cirurgiões.
Se você chegou até aqui, provavelmente é porque está buscando mais informações sobre o assunto. Neste caso, está no lugar certo! Confira o post com a participação do urologista, Dr. Antonio Brunetto Neto, e saiba mais!
Qual a diferença da cirurgia robótica urológica para a convencional?
Enquanto as cirurgias convencionais, chamadas de abertas, requerem cortes maiores para o acesso aos órgãos, por exemplo, a cirurgia robótica é minimamente invasiva. Ou seja, o acesso é feito por pequenos orifícios no corpo do paciente por onde se introduz a câmera e pinças bastante finas que são acopladas à plataforma robótica.
O cirurgião, sentado num console no centro cirúrgico, transmite os movimentos ao robô, que os reproduz como se fossem as mãos do especialista. Enquanto nos procedimentos tradicionais existem riscos maiores de sangramentos, bem como requerem maior tempo de internação e recuperação, a cirurgia robótica urológica traz ganhos importantes em relação à recuperação do paciente. Entre eles estão:
– menor risco de sangramento;
– diminui as chances de sequelas após o tratamento do câncer de próstata, bexiga ou rim;
– menos dor no pós-operatório
– menor tempo de internação;
– recuperação mais rápida;
– menor tempo de afastamento do trabalho, atividades físicas e de lazer;
– cicatriz menor.
Em contrapartida, o cirurgião ganha em maior precisão, eliminação do risco de tremores que podem vir a comprometer tecidos, amplitude de visão (10 a 15 vezes magnificada) e visão em três dimensões.
Quais procedimentos urológicos podem ser feitos com o auxílio do robô?
A cirurgia robótica mais executada no mundo é a prostatectomia radical para tratamento do câncer de próstata. Com este tipo de procedimento, o cirurgião tem uma melhor visualização de toda glândula prostática, o que facilita a manipulação e preservação dos nervos da ereção (potência sexual).
Além disso, este procedimento minimamente invasivo pode ser empregado para o tratamento de tumores como os de rim, bexiga e testículo, bem como em doenças benignas do homem.
No Instituto Paranaense de Cirurgia Robótica, o urologista, Dr Antonio Brunetto Neto, realiza as seguintes cirurgias da área:
– Prostatectomia radical (tratamento de câncer de próstata);
– Prostatectomia simples (tratamento de hiperplasia prostática benigna);
– Nefrectomia radical (tratamento de câncer de rim);
– Nefrectomia parcial (tratamento de câncer de rim);
– Cistectomia radical (tratamento de câncer de bexiga);
– Pieloplastia (correção de estenose de junção uretero-piélica – JUP);
– Reimplante ureteral (tratamento de estenose e ureter);
– Uretero-ureteroanastomose (tratamento de estenose e ureter);
– Linfadenectomia de Retroperitônio (para tratamento de câncer de testículo).
Quais pacientes são indicados para a cirurgia robótica urológica?
A cirurgia robótica é um método indicado para procedimentos de alta complexidade. No caso da prostatectomia, em que a próstata é retirada, por exemplo, o desafio está em acessar a área tumoral sem comprometer a estrutura neuro-vascular e demais estruturas da região, visando não afetar o complexo esfincteriano e a função erétil.
Pacientes idosos e que possuem outras comorbidades também são beneficiados pela técnica em função das menores complicações pós-operatórias, além da recuperação mais rápida e menos traumática, contribuindo com a qualidade de vida ao paciente e continuidade das atividades habituais.
Como você viu, é possível realizar uma série de procedimentos urológicos com o auxílio da cirurgia robótica. Se este conteúdo foi interessante para você, acompanhe as nossas redes sociais para saber notícias sobre esta e outras áreas da Medicina!