O enfisema pulmonar se caracteriza por causar danos irreversíveis aos pulmões. É uma doença progressiva e crônica que, com o passar do tempo, vai causando rupturas nas paredes dos alvéolos pulmonares. Com isso, se dá a formação de alargamentos anormais e permanentes nestes espaços, onde o ar fica acumulado.
Como resultado, há redução da superfície funcional do pulmão e, consequentemente, da capacidade de absorver oxigênio para a corrente sanguínea. Além disso, o órgão vai perdendo a elasticidade, fazendo com que a pessoa tenha a falta de ar agravada à medida que a doença vai evoluindo.
Trata-se de uma condição muito grave e incapacitante, para a qual é necessário alertar e também esclarecer algumas questões que geram dúvidas. Pensando nisso, listamos 5 mitos e verdades sobre a doença. Confira.
1. Enfisema pulmonar é câncer
Mito. Apesar de ser comum alguns fazerem esta relação, o enfisema pulmonar não é câncer. No entanto, é um fator de risco para as neoplasias de pulmão, principalmente em decorrência do processo crônico de lesões nos tecidos pulmonares. Inclusive, grande parte dos pacientes com tumores malignos neste órgão têm algum grau de enfisema.
2. Apenas fumantes podem ter a doença
Mito. Apesar de o cigarro ser o principal causador do enfisema pulmonar, existem outras substâncias tóxicas que podem contribuir com a sua ocorrência, como é o caso da fumaça da queima de carvão ou lenha e alguns produtos químicos.
Além disso, existe uma alteração genética que faz com que os portadores tenham falta de uma substância que protege os tecidos pulmonares, denominada alfa-1 antitripsina (AAT). A síndrome, por sua vez, os torna mais suscetíveis à condição.
3. O enfisema pulmonar não tem cura
Verdade. Trata-se de uma doença crônica e progressiva, para a qual ainda não existe cura. Porém, há tratamentos que auxiliam na melhora de sintomas e da qualidade de vida. Este é o caso, por exemplo, de medicamentos broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteroides, suplementação de oxigênio, cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP), transplante de pulmão em casos extremos e prática de atividades físicas. Nesse contexto, uma das principais inovações da Medicina é a cirurgia robótica, voltada para os casos graves de enfisema.
4. Se a doença já existe, não adianta mais parar de fumar
Mito. A principal arma contra o enfisema pulmonar é parar de fumar. Quando esta ação ocorre enquanto as obstruções pulmonares ainda estão no início ou são moderadas, é possível retardar o desenvolvimento da falta de ar incapacitante. Porém, cessar o tabagismo em qualquer estágio da doença traz benefícios, pois diminui-se a inflamação crônica que afeta o funcionamento dos pulmões.
5. Pessoas com enfisema pulmonar podem praticar atividades físicas
Verdade. Inclusive, os exercícios físicos são indicados para quem tem enfisema, pois auxiliam na melhora da falta de ar e no condicionamento físico. Porém, é importante que o paciente respeite as orientações dos médicos no sentido de optar por modalidades condizentes com o nível de gravidade da doença. Algumas práticas recomendadas são caminhadas, bicicleta ergométrica, hidroginástica e natação.
O enfisema pulmonar, mesmo muito grave, pode não apresentar sintomas no início. Isso faz com que as pessoas continuem a fumar, não busquem tratamento e sejam diagnosticadas apenas quando a doença se encontra em níveis mais avançados. Portanto, se você é tabagista, é importante que faça acompanhamento médico com um pneumologista. Nunca é demais lembrar que largar o cigarro é sempre a melhor escolha.
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