O mês de abril ganhou a cor lilás para conscientizar sobre o câncer de testículo, uma doença não muito comum, mas que afeta, na maioria das vezes, homens jovens em idade reprodutiva, principalmente na faixa etária entre 15 e 34 anos.

Isso faz com que muitos pacientes negligenciem possíveis sintomas e deixem de ter o diagnóstico quando a doença se encontra nos estágios iniciais. Nesse contexto, é nosso papel trazer mais informações acerca da neoplasia, para que cada vez mais homens possam ser tratados enquanto existe cura.

Confira o conteúdo, que contou com a participação do urologista, Dr. Antônio Brunetto Neto, e traz 5 mitos e verdades acerca do assunto.

Um trauma ou pancada na região pode levar ao câncer de testículo

Mito. Não existe nenhuma relação entre traumas no testículo e formação de tumores na região. O principal fator de risco é a criptorquidia, quando os testículos não descem para a bolsa escrotal antes de o bebê nascer. Caso isso não ocorra nos primeiros anos de vida, é necessária a correção cirúrgica.

Todo nódulo no testículo é câncer

Mito. Não é porque foi encontrado um nódulo na região que existe o diagnóstico de câncer. Eles podem indicar a ocorrência de cistos ou hidrocele (acúmulo de fluidos), por exemplo. No entanto, todo nódulo deve ser investigado para descartar a ocorrência de tumores malignos.

O autoexame deve ser realizado periodicamente, de forma similar ao câncer de mama

Verdade. É indicado fazer o autoexame testicular periodicamente , de forma a detectar quaisquer alterações na região. Nesse sentido, é preciso observar alteração no tamanho dos testículos, presença de nódulos ou endurecimentos e sensação de peso. Outros sintomas da doença são sangue na urina e dores nas regiões da virilha e abdômen inferior.

Os tumores de testículo estão entre os mais curáveis

Verdade. As neoplasias do testículo estão entre as mais curáveis nos homens, porém, para isso é necessário diagnosticá-las em seus estágios inicias. Quando isso acontece, as taxas de cura chegam a 95%.

Histórico familiar é um fator de risco importante

Verdade. Caso o homem tenha parentes de primeiro grau diagnosticados com a doença, é preciso ter atenção redobrada. Vale frisar que existe uma alteração genética, chamada Síndrome de Klinefelter, a qual afeta apenas os meninos e surge devido à presença de um cromossomo X extra no par sexual. Essa também aumenta o risco para o câncer de testículo.

Existe prevenção para a doença?

Infelizmente, não. No entanto, a cirurgia para correção da criptorquidia em idade precoce ajuda a reduzir os riscos dos meninos com essa condição. Em contrapartida, o autoexame auxilia no diagnóstico em estágios iniciais, o que gera um melhor prognóstico de tratamento.

As técnicas modernas, como a cirurgia robótica, objetivam   reduzir complicações e acelerar o processo de recuperação.

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