Segundo o relatório Estatísticas da Saúde Mundial de 2021, divulgado pela Organização Mundial da Saúde, 22% da população adulta está obesa no Brasil. Outro dado alarmante é que 10,8% destes brasileiros têm entre 5 e 19 anos de idade. Mais do que uma questão estética, a obesidade é uma doença crônica capaz de elevar o risco para as mais diversas doenças. Por este motivo, há a indicação da cirurgia bariátrica para algumas pessoas, que tentaram outros métodos de emagrecimento sem sucesso.

Com o procedimento, há várias vantagens para a saúde, como a redução do risco de doenças cardiovasculares, normalização nos níveis de hormônios, minimização da inflamação no organismo, menor chances de se ter diferentes tipos de câncer, redução da apneia do sono e melhora da disposição e autoestima.

Entretanto, ainda é muito comum ocorrerem dúvidas sobre o procedimento, bem como crenças equivocadas que podem vir a atrapalhar o pré e o pós-cirúrgico. Pensando nisso, listamos 5 coisas importantes de se saber sobre o assunto. Confira o conteúdo e fique por dentro!

1.      A cirurgia bariátrica sozinha não garante bons resultados

A cirurgia bariátrica, por si só, não consegue garantir os bons resultados a curto, médio e longo prazos. Isso porque, tão importante quanto o papel do cirurgião, é a adesão do paciente ao atendimento multidisciplinar. É possível citar, por exemplo, o acompanhamento nutricional para indicação de dieta e suplementação, e psicológico, durante todas as etapas do processo.

Sem isso, dificilmente os pacientes ficarão satisfeitos com o procedimento. Isso sem contar os riscos para a saúde pela falta de nutrientes e o desequilíbrio mental que pode afetar a qualidade de vida.

2.      Serão necessárias mudanças definitivas

Quem vai passar por uma cirurgia bariátrica precisa ter consciência de que alguns hábitos deverão ser mudados para o resto da vida. Para começar, é essencial aderir à prática de atividades físicas para o ganho de massa e tônus muscular, fortalecimento osteoarticular e outros benefícios. Além disso, a alimentação saudável deve permanecer, por mais que com o tempo todos os alimentos passem a ser permitidos em menor quantidade.

3.      Não é todo mundo que pode fazer a cirurgia bariátrica

O procedimento bariátrico não é indicado para todas as pessoas. Ele é voltado apenas para os casos de obesidade grave, em que o paciente tentou outras formas de emagrecimento, mas não obteve sucesso. Os seguintes casos são candidatos:

– IMC igual ou superior a 50;
– IMC igual ou superior a 40, sem perda de peso, com acompanhamento médico e nutricional comprovado por, pelo menos, 2 anos;
– IMC igual ou superior a 35, quando existem outras patologias de risco cardiovascular elevado, como pressão alta, diabetes descontrolada e colesterol alto.

Vale frisar que é essencial o paciente passar por uma avaliação multidisciplinar relacionada às condições emocionais, psíquicas e físicas que, por algum motivo, possam o impedir de realizar o procedimento.

4.      Em alguns casos também é necessário realizar uma cirurgia plástica

Após a realização da cirurgia bariátrica e estabilização do peso, pode surgir um excesso de pele em locais do corpo como abdômen, pernas, braços, seios e nádegas. Essa condição deixa o corpo com aspecto flácido e com silhueta pouco definida.

Nesses casos, normalmente é necessário a correção com cirurgia plástica. Inclusive, é comum que os pacientes passem por mais de uma intervenção. Porém, para que isso aconteça, além de estabilizar o peso, os pacientes não devem apresentar tendência para engordar novamente e estarem comprometidos em manter os resultados.

5.      Hoje é possível contar com a cirurgia robótica, menos invasiva

A cirurgia bariátrica pode ser feita por diferentes técnicas, como bypass gástrico e gastrectomia vertical, também denominado como sleeve gástrico. Nos últimos anos, também se tornou possível fazer a cirurgia bariátrica robótica, minimamente invasiva e que oferece um pós-operatório e recuperação mais tranquilos ao paciente. Além disso, os cirurgiões ganham em precisão, minimizando riscos de tremores e comprometimento de estruturas.

Gostou de saber mais detalhes sobre este procedimento? Para saber mais sobre este e outros assuntos relacionados, continue acompanhando o nosso blog!