No Brasil, existem mais de 50 especialidades médicas, voltadas às mais diversas áreas de atuação. Por esse motivo, é comum haver dúvidas sobre o que cada médico faz, podendo atrapalhar no momento de agendar uma consulta para si ou um familiar. A cirurgia torácica está entre essas especialidades e, por ser menos conhecida do que outras, como pediatria ou ginecologia, por exemplo, gera dúvidas sobre as funções e tratamentos.

Sabendo disso, com a ajuda do cirurgião torácico, Dr. Leonardo Rottili Roeder, vamos esclarecer sobre a área e quando procurá-la. Confira!

O que são as doenças torácicas?

Antes de falarmos sobre a cirurgia torácica em si, é importante citarmos algumas doenças que acometem a região do tórax, foco desta especialidade. Entre as principais estão:

  • câncer de pulmão;
  • tumores benignos no pulmão;
  • metástase pulmonar;
  • tumores do mediastino;
  • hiperidrose (suor excessivo);
  • derrame pleural;
  • pneumotórax;
  • estenose traqueal;
  • fraturas de costelas.
  • timoma;
  • bronquiectasias;
  • hérnias e tumores no diafragma.

O que é a cirurgia torácica e quando ela é indicada?

A especialidade de cirurgia torácica é responsável por diagnosticar e tratar as diversas patologias cirúrgicas do tórax e do sistema respiratório, como algumas que citamos. Os médicos são capacitados para corrigir deformidades no tórax e tratar das enfermidades do pulmão, traqueia, brônquios, pleuras, mediastino e parede torácica.

Isso vale tanto para procedimentos mais simples e doenças benignas, quanto para o tratamento do câncer. Antes de falarmos sobre as cirurgias vamos revisar um pouco sobre a anatomia do pulmão.

Para quem não sabe, cada pulmão é composto de 10 segmentos, que se agrupam em lobos. Lobo é o nome dado às partes divisíveis do pulmão. No pulmão direito, temos o lobo superior (que é composto por 3 segmentos), o lobo Médio e o lobo Inferior. No pulmão esquerdo, temos lobo Superior e o lobo Inferior. Alguns exemplos de cirurgia torácica são:

  • lobectomia pulmonar: cirurgia que consiste na retirada de um dos lobos pulmonares. Ela é frequentemente utilizada no tratamento do câncer de pulmão inicial;
  • segmentectomia pulmonar: remoção cirúrgica de um dos segmentos pulmonares, pode ser utilizada no tratamento de alguns tipos de câncer de pulmão;
  • simpatectomia torácica: cirurgia para tratar o suor excessivo;
  • bronqueoplastia: destinada às doenças benignas ou malignas dos brônquios;
  • linfadenectomia mediastinal: avaliação cirúrgica dos linfonodos do mediastino;
  • tratamento de hérnias e tumores do diafragma;
  • ressecção de tumores complexos torácicos;
  • cirurgia redutora de volume pulmonar: voltada para o tratamento do enfisema pulmonar grave.

Qual é a formação necessária para um cirurgião torácico?

Para se tornar um cirurgião torácico, além da faculdade de Medicina, é preciso fazer residências em Cirurgia Geral e em Cirurgia Torácica, processo que dura mais de 10 anos. Além disso, o profissional pode realizar outras especializações não obrigatórias, que o habilitem a realizar diferentes técnicas, como endoscopia respiratória e a cirurgia robótica.

Somente após passar por essas formações é que o médico se torna especialista, estando apto a atender pacientes que necessitem dos procedimentos específicos da área.

Devido à característica multidisciplinar da área, é possível atuar em conjunto com outras especialidades médicas, como infectologistas, pneumologistas, cardiologistas e oncologistas.

Como você viu, a atuação dos cirurgiões torácicos é ampla e complexa, exigindo que os médicos sejam altamente qualificados para realizar os diferentes procedimentos. Isso inclui certificações em cirurgia torácica robótica, a técnica minimamente invasiva mais moderna.

O Instituto Paranaense de Cirurgia Robótica (IPCR), conta com uma equipe de cirurgiões especializados em cirurgia robótica para diferentes áreas, incluindo a cirurgia torácica robótica. Para saber mais como podemos te ajudar, entre em contato!