O Março Amarelo é o mês de conscientização sobre a endometriose. Segundo um levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela afeta 6,5 milhões de brasileiras e 176 milhões de mulheres em todo o mundo. Essa doença inflamatória consiste no crescimento do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, em outras regiões do corpo.

Os sintomas da patologia vão muito além das dores no período menstrual. Dados da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que cerca de 57% das pacientes têm dores crônicas, que permanecem por seis meses sem melhora, enquanto 62% sofrem com cólicas intensam e 55% apresentam queixas intestinais de tempos em tempos. Além disso, estima-se que entre 30 a 50% dos casos ocorra infertilidade.

Mas afinal, o que é essa doença, quais são os seus sintomas e como são feitos o diagnóstico e tratamento? Pensando em esclarecer este importante assunto, conversamos com o cirurgião oncológico com foco no tratamento de tumores ginecológicos, Dr. Fabio Fin. Confira o conteúdo e saiba mais sobre o assunto.

O que é a endometriose?

O endométrio é a camada que reveste o útero e tem a função de acolher o embrião. É ela que descama e gera o fluxo menstrual quando não há fecundação. A endometriose A endometriose ocorre quando o endométrio avança para fora do interior uterino, atingindo outras estruturas. Entre as principais estão os arredores do útero, ovário, trompas, peritônio e intestino, podendo afetar mais raramente outras áreas.

Por ser estimulado pelos hormônios femininos, o problema surge no período reprodutivo. Suas causas exatas ainda não são conhecidas, mas sabe-se que é multifatorial. Um deles é a menstruação retrógrada, ou seja, que não é eliminada corretamente, podendo seguir em direção aos outros órgãos pélvicos. Além disso, mulheres com casos de endometriose na família têm mais chances de desenvolver a doença. Por isso, fatores genéticos também estariam envolvidos.

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais evidentes são dores tipo cólicas, fortes e progressivas, sendo algumas vezes até incapacitantes. Associado ou não, pode haver dor na relação sexual, desconforto ao urinar e evacuar e dores na região lombar.

Se não tratada, a endometriose pode ocasionar problemas mais graves, como obstrução do ureter (canal que leva urina à bexiga) e também intestinal. Outra complicação grave é a infertilidade. Inclusive, ela é uma das principais causas de dificuldade gestacional e, infelizmente, pouco diagnosticada.

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

Quando há a suspeita de endometriose, o diagnóstico envolve algumas condutas, como exames físico e ginecológico, ultrassonografia endovaginal especializada, dosagem de marcadores (neste caso o CA-125) e outros exames de laboratório.

Vale frisar que o exame de toque é fundamental para diagnosticar a endometriose profunda. Além disso, em alguns casos, o ginecologista pode solicitar uma ressonância magnética e uma colonoscopia.

Qual o tratamento da endometriose?

Existem diferentes formas de tratamento, que vão desde a prescrição de medicamentos até a cirurgia para retirar os focos da doença, de modo a restaurar a anatomia e preservar a função reprodutiva.

Nesse contexto é possível optar pela cirurgia robótica, com grandes vantagens, como movimentos mais estáveis e precisos do cirurgião, além de uma recuperação mais rápida para a paciente.

No Instituto Paranaense de Cirurgia Robótica (IPCR), o cirurgião habilitado para a realização do procedimento robótico é o Dr. Fabio Fin. Saiba mais sobre o especialista e os tipos de cirurgias ginecológicas realizadas na página do nosso site.