O esôfago é um órgão do aparelho digestivo, localizado entre a faringe e o estômago. Cada região do nosso corpo tem a sua importância e com ele não é diferente. Esse tubo muscular é responsável em levar o alimento da boca até o estômago, sendo essencial para o processo de digestão. Porém, este órgão também pode adoecer, inclusive com doenças mais graves, como o câncer de esôfago.
Infelizmente, esta é uma neoplasia que, na maioria dos casos, é diagnosticada em estágios avançados, pois em sua fase inicial costuma não apresentar sintomas. E, como sempre falamos, para melhores resultados com os tratamentos, o diagnóstico precoce é essencial.
Para esclarecer alguns mitos e verdades sobre os fatores de risco para estes tumores, conversamos com o cirurgião oncológico com área de atuação em tumores digestivos, Dr. Marciano Anghinoni. Conheça 5 deles!
Fumar é um fator de risco ao câncer de esôfago?
Verdade. O consumo prolongado de qualquer tipo de tabaco, principalmente quando associado à ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, é um dos principais fatores de risco para esse tipo de câncer.
Quem tem a bactéria H. Pylori vai desenvolver obrigatoriamente o câncer de esôfago?
Mito. Ter essa bactéria presente no estômago não significa necessariamente que a pessoa terá câncer. São poucas as chances de homens e mulheres infectados com a bactéria evoluírem para este tipo de neoplasia. No entanto, é preciso atenção aos casos de diagnósticos da bactéria junto a doenças como a gastrite atrófica, por exemplo.
A doença do refluxo pode aumentar os riscos para o câncer de esôfago?
Verdade. O câncer de esôfago e o refluxo gastroesofágico podem estar relacionados. Esse distúrbio gastrointestinal ocorre quando o ácido do estômago volta para o esôfago, podendo causar danos aos tecidos do órgão. Caso a doença evolua sem tratamento, ela pode se tornar um fator de risco.
O câncer de esôfago é sempre hereditário?
Mito. Uma pequena parcela dos diagnósticos desse tipo de câncer tem sua causa em mutações genéticas hereditárias. Existem diversos outros fatores externos que levam ao desenvolvimento da doença.
A obesidade é um fator de risco para o câncer de esôfago?
Verdade. O excesso de peso favorece o desenvolvimento deste tipo de câncer. A obesidade tem relação direta, principalmente, com o subtipo adenocarcinoma, além de os obesos serem mais propensos a terem refluxo.
Tratamento do câncer de esôfago
O tipo de tratamento mais indicado para cada paciente vai depender de diversos fatores, como por exemplo, se o estágio da doença é inicial ou avançado. É muito importante ir ao médico regularmente, pois o diagnóstico precoce faz toda a diferença nos resultados dos protocolos.
Nas situações mais complexas de câncer de esôfago, é recomendada a esofagectomia, técnica que consiste na retirada parcial ou total do esôfago. Esta cirurgia pode ser feita de forma aberta ou por videolaparoscopia, considerada minimamente invasiva.
Inovações com a esofagectomia robótica
Com os avanços tecnológicos recentes, é possível utilizar a robótica em cirurgias, a favor do cirurgião e do paciente. As plataformas robóticas trazem mais segurança ao auxiliar no controle de possíveis tremores do cirurgião, além de contarem com um sistema de visão 3D magnificado em 15 vezes e permitirem maior liberdade de movimentos.
Já para o paciente, a técnica traz vantagens como recuperação mais rápida, menor sangramento, diminuição da dor e menor tempo de internação.
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