O câncer de colo do útero é o terceiro tipo de neoplasia que mais acomete as mulheres, sem contar o câncer de pele não melanoma. Apesar da grande incidência, a boa notícia é que ele é fácil de ser prevenido.

Para esclarecer melhor o assunto, com o auxílio do cirurgião oncológico com foco no tratamento de tumores ginecológicos, o Dr. Fabio Fin, listamos sete coisas a respeito da doença que toda mulher precisa saber. Confira e fique por dentro!

Como ocorre o câncer de colo do útero?

A principal causa do câncer de colo do útero é a infecção persistente por alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais no Brasil.

É importante dizer que nem sempre a infecção pelo HPV evolui para o câncer, pois, em muitos casos, ela é transitória e regride espontaneamente. Além disso, ao detectar o vírus e tratá-lo, esse risco é eliminado.

Quais são os fatores de risco para a doença?

Apesar de o câncer de colo do útero estar associado à infecção pelo HPV, existem alguns fatores que aumentam os riscos de desenvolver a doença, que são:

  • múltiplos parceiros sexuais;
  • início precoce da atividade sexual;
  • uso prolongado de pílulas anticoncepcionais;
  • tabagismo;
  • baixa imunidade.

É possível prevenir este tipo de câncer?

Uma das formas de prevenção do câncer de colo do útero é a vacinação contra o HPV, indicada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, pois a vacina é mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual.

Outra forma de prevenir a doença é por meio da realização periódica do exame Papanicolau, que visa detectar precocemente a presença de lesões que podem se transformar em tumores malignos, se não tratadas.

É importante dizer que o uso de preservativo protege parcialmente o contágio pelo HPV, já que ele também é transmitido pelo contato oral-genital ou mesmo manual-genital.

Quais são os sintomas do câncer do colo de útero?

Apesar de ter um desenvolvimento lento e não apresentar sintomas em sua fase inicial, é preciso estar atenta aos seguintes sinais, que podem sugerir a presença da doença:

– sangramento vaginal anormal, seja fora do período menstrual ou após as relações sexuais;
– corrimento vaginal com mau cheiro ou coloração marrom, por exemplo;

– dor abdominal ou pélvica constante, que pode piorar ao usar o banheiro ou durante o contato íntimo;

– sensação de pressão no fundo da barriga;

– vontade de urinar mais frequente, mesmo durante a noite.

Como é feito o diagnóstico?

Os exames preventivos e de confirmação do diagnóstico da neoplasia são:

– Papanicolau: exame de rastreamento;

– colposcopia: utilizada para avaliar lesões anormais identificadas no Papanicolau;

– biópsia: realizada para confirmar se há ou não a presença de células cancerígenas.

Como é o tratamento da doença?

O tratamento do câncer de colo do útero depende de alguns fatores, como o subtipo da doença, estágio, tamanho do tumor, idade do paciente, entre outros critérios. Os protocolos envolvem:

– cirurgia;

– quimioterapia;

– imunoterapia;

– radioterapia.

É possível engravidar após ter câncer do colo do útero?

Em alguns casos, sim. Com a inovação da Medicina, o tratamento com a cirurgia robótica, que é minimamente invasiva, traz a possibilidade de retirar o tumor maligno do colo do útero, preservando a fertilidade em mulheres que pretendem engravidar.

Porém, além de ser analisado caso a caso, é preciso que o tumor tenha sido detectado nos estágios iniciais.

Como você viu, o câncer de colo do útero pode ser prevenido. Portanto, não deixe de fazer as suas consultas ginecológicas de rotina. Confira agora o conteúdo que fala sobre o que muda na vida da mulher após a retirada do útero!