A obesidade é uma doença grave que, se não tratada, pode gerar diversas comorbidades, comprometendo a saúde e qualidade de vida. Em contrapartida, o número de obesos só aumenta no Brasil.

Para se ter ideia, segundo a pesquisa Vigitel 2021, realizada pelo Ministério da Saúde, quatro em cada 10 brasileiros (57,25%) apresentavam sobrepeso no ano do estudo. Além disso, 22,35% da população estava obesa.

Como se trata de uma patologia comum, é importante esclarecermos cada vez mais sobre ela, de forma a conscientizar o maior número de pessoas possível.

Pensando nisso, com a ajuda do cirurgião bariátrico, Dr. Marlon Rangel, trouxemos alguns fatos que todos precisam saber. Acompanhe o conteúdo e fique por dentro.

1.  Diversas doenças podem ser causadas pela obesidade

A obesidade sem tratamento pode desencadear uma série de doenças, que têm como fator de risco o excesso de gordura corporal. Entre elas, podemos citar:

  • diabetes;
  • hipertensão;
  • alguns tipos de câncer, como mama, intestino, fígado e endométrio;
  • doenças cardiovasculares, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC);
  • problemas ortopédicos e articulares;
  • aumento de triglicerídeos e colesterol ruim (LDL);
  • apneia do sono.

2.  O que leva as pessoas à obesidade?

Apesar de existirem pessoas predispostas a desenvolver a obesidade, já que há um componente genético que aumenta o risco, o estilo de vida e hábitos inadequados são grandes vilões do excesso de peso corporal. Entre eles estão:

  • má alimentação: ingestão exagerada de constante de alimentos processados, ricos em calorias e gorduras, e pobres em nutrientes;
  • sedentarismo: a falta de atividades físicas, além de levar à obesidade, também é causa para outras doenças, por isso é essencial praticá-las com regularidade;
  • dietas da moda: além de causarem deficiências de nutrientes pela restrição alimentar, essas “dietas milagrosas” comprometem o metabolismo e provocam o efeito sanfona, fazendo, normalmente, a pessoa engordar novamente.

3.  Por que a obesidade gera comorbidades?

Após a pessoa passar anos praticando alguns dos hábitos citados, ela corre grandes riscos de virar obesa. A obesidade, por sua vez, é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas sim tratamento.

Porém, se não tratada pode evoluir para a obesidade mórbida e isso é muito preocupante, pois há inúmeras complicações de saúde relacionadas, além da redução na expectativa de vida.

Com o aumento da gordura corporal, também há a elevação de substâncias inflamatórias no organismo. Essa gordura pode, ainda, extravasar para diversos órgãos, causando as doenças que já falamos acima.

4.  Mudanças no organismo causadas pela obesidade

A obesidade pode gerar outros problemas no funcionamento do organismo, como por exemplo:

  • alterações hormonais;
  • sistema imunológico prejudicado;
  • dificuldade para engravidar;
  • distúrbios nos ciclos menstruais;
  • cansaço frequente.

5.  Quais órgãos especificamente podem ser afetados pela obesidade?

  • coração, devido ao acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, ocorre maior dificuldade para a circulação sanguínea;
  • pâncreas: o acúmulo da gordura corporal aumenta a produção de insulina pelo pâncreas;
  • fígado: o excesso de gordura no fígado gera esteatose hepática e pode evoluir até mesmo para câncer;
  • cérebro: devido aos altos níveis de colesterol, pessoas obesas possuem mais riscos de sofrer um AVC;
  • aparelho reprodutivo: com a alteração hormonal, o excesso de peso também pode reduzir a fertilidade.

6.  Obesidade e depressão

Pode parecer que não, mas a obesidade pode, também, levar à depressão, assim como a depressão pode levar à obesidade.

Isso porque a pessoa depressiva pode apresentar problemas metabólicos, ter seu apetite aumentado, ou até mesmo sofrer de compulsão alimentar.

Por outro lado, pessoas obesas podem ter maior propensão à depressão, por fatores diversos emocionais e fisiológicos.

Procure apoio de especialistas e reverta esse quadro

Agora que você já sabe dos riscos da obesidade para sua saúde, é importante dizer que, apesar de ser uma doença crônica e séria, existem tratamentos para controlá-la e trazer mais qualidade de vida ao obeso.

Aqueles que não conseguem perder peso com as condutas convencionais, envolvendo dieta e atividades físicas, podem ser candidatos à cirurgia bariátrica, método mais eficaz para a redução do excesso de gordura corporal e, consequentemente, melhor saúde e qualidade de vida.

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